Aos amigos do HU

Mais um final de ano se aproxima. Este período de festas convida não apenas à confraternização e à solidariedade, mas também a uma saudável revisão do ano que se encerra e à proposição de metas para o ano que inicia.

O ano que passa foi particularmente complexo e difícil para toda a comunidade do Hospital: servidores, docentes, alunos, pacientes e usuários. A limitação de pessoal e as incertezas do porvir certamente tiveram papel importante no excesso de trabalho, dificuldades no cumprimento de metas funcionais, acadêmicas e de serviço e preocupação com o destino do HU.

Para os que viemos de fora do ambiente HU, este foi um ano de percepção da força, da competência e do entusiasmo da comunidade que mantem este Hospital com qualidade invejável, apesar dos desafios e das adversidades, por vezes de difícil compreensão. Aos usuários que se mostraram coesos e ativos na defesa da importância do HU como estrutura de assistência e de ensino de qualidade da USP, sensibilizando os diversos níveis governamentais, somou-se o trabalho continuado, às vezes em condições adversas, dos servidores técnicos e docentes que permitiram ao hospital terminar este ano, se não nos níveis de atendimento ideais, certamente nos melhores possíveis para as condições existentes.

Esta condição que não é cega às limitações que infelizmente ainda se colocam, não pode, por outro lado, deixar de ver e comemorar as vitórias que acompanharam o HU neste ano que finda. Uma percepção maior da humanização como política de ação do hospital, uma administração que se esforça para ser profissional e participativa, a criação de grupos de apoio a pacientes especialmente complexos, o esforço por melhorar, dentro das muitas limitações existentes, o ambiente de ensino, são algumas das realidades que brotaram não de decisões individuais, mas de uma percepção da comunidade e já mostram seus primeiros frutos.

Temos, para o ano que se inicia, expectativas muito mais otimistas. A atual administração universitária tem demonstrado que percebe o HU como o que de fato é: um equipamento indispensável para a USP; o orçamento aprovado pela ALESP, sensibilizado pela comunidade, parece contemplar o Hospital com recursos que, realizados, permitiriam uma recuperação consistente; a administração de saúde do estado e do município de São Paulo têm mostrado sensibilidade para uma participação mais realista na manutenção e desenvolvimento do HU.

Todas estas possíveis vitórias devem-se à competência e carinho e ao entusiasmo de todos os participantes: servidores, docentes, alunos, pacientes e usuários do Hospital Universitário da USP.

A esperança é a virtude própria dos caminhantes, que sabem que, se seguirem o caminho correto, chegarão ao destino almejado.

Creio que todos nós podemos viver as festas de final de ano com esta justificada esperança.

A superintendência